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RETROSPECTIVA 2020 DO BLOG

Atualizado: 2 de jan. de 2021

Por Jonas Sales - 31 de dezembro

 

Este foi um ano que jamais será esquecido, até o seu fim, só aqui no Brasil, nos aproximaremos de perder duzentas mil pessoas, com mais sete milhões e meio de casos da doença. Números que poderiam ter sido evitados se os que foram escolhidos para nos governar estivessem interessados em resguardar nossas vidas. Começar o texto com esses dados me faz querer descontinuá-lo, mas não vou, gostaria de poder voltar a ele daqui a alguns anos e perceber que todo o pesadelo ficou para trás; e esses são os meus votos para o novo ciclo que em breve se iniciará.


Entretanto gostaria de focar estes últimos escritos de 2020 em outros números bem menores e menos tristes, e fazer uma singela retrospectiva dos textos publicados de janeiro a dezembro aqui neste despretensioso espaço. Foram vinte e nove publicações, entre elas muitas poesias, textos de opinião, cartas, críticas musicais, diários... Todos de autoras e autores nordestinos, a maioria caririense, que me concederam a honra de publicar suas palavras. Se houver interesse em relê-los, já que são maravilhosos, há links na descrição que segue.


Começamos o ano em 11 de janeiro de Janaina Figueiredo com o texto “AUTODEFINIÇÃO”. dia 18 foi a vez de S. Monte Moreno escrevendo “QUEM DOMINA OS APARELHOS IDEOLÓGICOS DO ESTADO DOMINA O PODER DE ESTADO”, autor que ainda iria publicar outros dois, em 28 de março “O ETERNO RETORNO EM TERMOS DE FIM DE MUNDO, OU, COMO DIZER SIM DIZENDO NÃO.” e em 22 de agosto “NEM RESILIENTES, NEM ACABADOS.”. Em 18 de janeiro com Jefferson Poeta tivemos a nossa primeira poesia “EM BUSCA DO AMADO”. Rodrigo Mafredini continuou a parceria do ano anterior e nos escreveu cartas distribuídas nos meses seguintes “CARTAS (feitas para não serem enviadas)” tiveram cinco publicações nos dias 25 de janeiro, 05 de abril, 23 de maio e as duas últimas no dia 26 de agosto.


Iniciamos fevereiro com Kayran Freire de poesia “NA LADEIRA”. Em 16 de fevereiro foi a vez da “CATARSE” de Vitor Abreu. Março tem Larissa Carneiro no dia 27 escrevendo “DIÁRIO DE UMA ANSIOSA EM QUARENTENA” que viria a ter uma segunda publicação em 04 de julho. Camila Alves faz sua estreia em abril, dia 04, com o texto “A BONITEZA DE SER GENTE”. Em 18 de Abril foi dia de conto “A PARADA II” da autora Estrela do Sol. Em maio mais poesia com o Álvaro Alencar “TRÊS POEMAS PARA UMA DÉCADA NOVA”. Em 16 de maio, pela primeira vez no blog, a autora do sertão central Caroline Diniz “PARIR-SE EM MADALENA: PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE UMA POETA FEMINISTA”, com mais um texto publicado em 26 de setembro "ABSORVENDO O TABU" E MENSTRUAÇÕES. O último texto de maio ficou com o Guilherme Guedes “NOSSA POESIA”. Em junho tivemos poesia com Mateus de Araújo “SAUDADE PARECE VERBO INTRANSITIVO”, e Yslia de Alencar “SOBRE ARES DA MUDANÇA”.


A segunda metade do ano começa com Liete Nascimento, dia 11 de julho, com “VISLUMBRE”, em seguida, dia 18, temos poesia de Genilson Oliveira “ESTAÇÕES”. 08 de agosto semeamos “RAÍZES ANCESTRAIS” de Meryelle Macedo, em 15 de agosto foi a vez da deusa Tétis registrando “UM FINAL DE SEMANA INFINITO. 12 de setembro tivemos “QUEIXAS - DEDICADA A TODAS AS MULHERES PRETAS.” Por Jéssica Lorenna Lima Gonçalves. E por fim Lucas Lopes nos concedeu a chance de ler o texto “O ESTILO ANICETO DE MÚSICA - UMA REFLEXÃO SOBRE O ÁLBUM "A BANDA CABAÇAL DOS IRMÃOS ANICETO" DE 1999”.


Feita a lista eu gostaria de agradecer a todes que nos concederam suas produções, agradecer as fotografias de Larissa Carneiro, as colagens de Rodrigo Manfredini, a aquarela de Vitória Jeankessya que acompanharam os posts junto ao blog. E agradecer a todes que nos leram; e lembrar que somadas as visualizações até agora quase atingimos as seis mil, números absolutamente relevantes para mim. Obrigado gente!


Ditas essas tantas palavras eu fico com a esperança de que esse 2021 seja menos desastroso em todos os cenários, mesmo que já estejamos a: “Quase terceira década do século/ e nos dizemos ainda por nós estrangeiros/ a casa permanece vacilante contra os dias passageiros/ três décadas meu deus! não há mais o que roer e sobram os ossos de Itabira/ meu deus, será que em algum século caberemos?” Álvaro Alencar.

Desejo que até o fim do ano possamos nos abraçar mais uma vez, já que sou um ser abraçante e gosto de pensar que também sou abraçável, e tenho muitas saudades: “Saudade dos meus e de tomar um café em algum lugar da cidade. Eu sinto saudades de ter saudade e saber que ela seria saciada logo no dia ou na semana seguinte. Saudades de olhar no olho e sorrir acompanhado nas ruas, praças e avenidas. Saudades de caminhar sem o medo da morte. Saudades de abraçar sem o medo da morte. Saudades de brincar que somos todos filhos de Prometeu e assim ressuscitaríamos no dia seguinte.” Mateus de Araújo. “Saudade de quando nossas relações não eram determinadas por aplicativos de mensagens. Saudade da rotina. Saudade dos dias em que pegar na mão era cumprimento, e não sinal de contágio. Saudade. Saudade. Saudade.” Larissa Carneiro.


Já que: “tudo em nós não se cansa de criar o novo.” e “Somos capazes de atravessar qualquer coisa. Por isso somos invencíveis.” Guilherme Guedes. Quero acreditar que: “apesar de ver os laços sendo desfeitos quando deveriam estar sendo fortalecidos, que apesar do encontro ser agora mais um desencontro, que apesar de testemunhar a intolerância estendendo suas raízes para lugares impensáveis, que apesar de viver em um presente que mais se assemelha ao passado, e principalmente, que apesar de perceber a violência, a apatia, a descrença e a imobilidade sendo norma, o novo ainda é possível.” Liete Nascimento.


E por fim aproveito para convidá-los a participar junto ao blog, este que me concedeu muitos encontros incríveis, como me lembrou outro dia Yslia Alencar: “Uma coisa que teu blog demonstra é a qualidade de autores caririenses. Precisam ser divulgados e a gente sair do brilho ofuscado de que só o norte tem autores de qualidade e para o cariri resta Patativa (❤️) e os cordelistas”. Convidá-los neste novo ano a continuar escrevendo, lendo, comentando ou como quiserem. E já anunciar que publicaremos mais contos, gênero que particularmente gosto bastante.


E para deixá-los talvez instigados com o que virá, é certo que abraçaremos mais ainda a região do Cariri com narrativas fantásticas ambientadas no lado de cá do país, junto de nosso folclore, carregadas de nosso sotaque e jeito de ver o que habita para além de nossos terreiros, misturando a outras maravilhas como o afrofuturismo, Sertão Cyberpunk...


Taiúna vem aí!


Abraços!!

 

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