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CARTAS (feitas para não serem enviadas) IV e V

Atualizado: 10 de set. de 2020

De Rodrigo Manfredini -26 de agosto de 2020

 

Primeiro, uma observação importante: este texto era pra ter sido escrito ontem. Entretanto, o cansaço acumulado ao longo do dia não permitiu… Agora, me ponho a escrever, porque veio a vontade de te mandar uma mensagem via SMS, não uma mensagem qualquer, mas uma mensagem só pra dizer, “Eu só quero que você saiba que estou pensando em você, agora e sempre mais” (ps. estou ouvindo Marisa Monte). Mas não, resolvi não mandar, porque isso já foi decidido na última terça-feira, quando resolvi desinstalar os aplicativos das redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp) do meu celular, por dois motivos: primeiro, não me dispersar nesses ambientes virtuais durante esse final de semestre da UFCA e, assim, conseguir fazer meus trabalhos acadêmicos; segundo, evitar tá te mandando mensagem, porque pela maneira como tenho absorvido as coisas (o entendimento ou não entendimento do teu distanciamento e silenciamento), eu temi mandar alguma mensagem que gerassem desconforto e te fizessem desfocar do teu final de semestre na FJN (não há a preponderância de um motivo em relação ao outro, falo em “primeiro” e “segundo” pra ficar melhor de ser visualizado, mas os dois foram meio que pensados simultaneamente). Frente a isso, tenho firmado o ato rotineiro de escrever sobre essas coisas, como maneira de desafogar o que estar abarrotado dentro do peito e da mente. Acho que é meio óbvio, eu uso muitas letras de músicas nesses escritos, por isso acho que careça de explicação do porquê disso, que pode ser não tão óbvio (ou até pode). A música é um dos principais meios de interlocução e conexão entre eu e o mundo, entre eu e as pessoas e entre eu e eu mesmo. Assim, gosto de demonstrar afeto através das músicas, das letras delas. Até te mandei algumas: “Sem nome sem endereço”, Liniker, “Felicidade”, Marcelo Jeneci, “Encostar na tua”, Ana Carolina… É, ontem eu disse pra uma amiga, quando ouço as músicas há uma espécie de intertransposição entre eu e elas, envolvendo até outras pessoas através do afeto que posso carregar por elas. Atravessado por afetos, por músicas, por letras sigo eu cá, e pensando em tu… “Estava só pensando de repente se a gente algum dia ainda pode se encontrar” (ps. continuo ouvindo a Marisa).


1 de dezembro de 2019

 

Hoje, segunda, 2 de dezembro. O Sol está em Sagitário, meu signo solar. A gente costuma ser tachado de aventureiro no campo da afetividade, de não se apegar… Mas não, ou pelo menos, eu não… Contudo não era sobre isso necessariamente que eu vim escrever. Hoje, domingo, 2 de dezembro, fazem oito dias que eu te toquei, que me senti atravessado por ti. São 22h02min, passei o dia inteiro com essa lembrança pairando na mente, mesmo tendo mais um dia muito atarefado nesse fim de semestre da UFCA. Uma lembrança carregada de vontade, muita vontade de conversar mais contigo, de te fazer carinho, de te ouvir, mesmo tu sendo muito calado. Tem uma música do Marcelo Camelo que diz, “Meu bem, saudade é pra quem tem”. E eu tenho, disso posso dizer. E digo até mais, pegando versos da Mariana Aydar emprestado, “Te faço um cafuné quando tu for dormir/ Te dou café quando se levantar/ Dou comida na boca/ Mato a tua sede/ Armo a minha rede/ E vou te balançar”. Quando quiser vir a mim, é só vir.


2 de dezembro

 

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