Por Larissa Carneiro - 16 de setembro de 2021
Caro leitor, tantas coisas aconteceram desde a última vez em que eu escrevi para você, há pouco mais de um ano. Posso afirmar que não sou mais tão ansiosa quanto aparentava na primeira postagem dessa série de diários. Inclusive, quero iniciar esse meu relato com a notícia de que estou vacinada. E confesso que, ao escrever isso, me emociono, porque só quem esteve por perto sabe o quanto esperei pelo momento da vacina no meu braço.
Também não retornei à terapia. Minha psicóloga disse que eu repensasse se haveria a necessidade de voltar, já que eu parecia estar muito evoluída e independente das sessões, o que me deixou MUITO feliz, e depois de tanto tempo sem o acompanhamento, também com saudades. Quem sabe eu não retorne até o fim do ano!? rsrs!
Também me rendi ao mundo literário. Definitivamente, me tornei aquelas pessoas que pedem livros de aniversário, tornando minha estante minúscula para tantos livros, fazendo com que eu tenha de comprar prateleiras na Amazon. Além do mais, retornei à academia e estou muito focada! Como você pode ver, caro leitor, é tanta coisa acontecendo na minha rotina, que eu não tenho mais tempo para deixar com que a ansiedade se torne um problema na minha vida.
O que me lembra uma mensagem dita pela Monja Coen a respeito de ansiedade, e só agora, é que eu consigo concordar plenamente com ela. A mensagem dizia o seguinte:
"Existem ansiedades que são boas. Ansiedade não é só coisa ruim. Eu anseio por coisas. Sinta ansiedade para ser um ser melhor, para fazer coisas ótimas, para encontrar pessoas que você gosta, para ter projetos que melhorem sua vida (...)!"
Essa frase nunca saiu da minha cabeça. A primeira vez que a escutei, acreditei, mesmo não sendo minha realidade naquela época. Hoje, com a ansiedade pairando no peito à espera de uma nota do trabalho de uma cadeira na faculdade, eu não só concordo, como eu também vivencio, já que eu sei o que ansiar por coisas boas significa, o que não era meu caso, alguns meses atrás.
Aprendi também que crises de ansiedade são muito mais comuns e naturais do que imaginamos, e que sua força não é medida pela quantidade com que elas aparecem na sua rotina. Mesmo eu não tendo crises de ansiedade há meses, isso não me torna uma pessoa forte, mas uma pessoa NO CONTROLE. E, se por um acaso, amanhã não houver esse controle, que haja no dia seguinte. E no seguinte. E no seguinte...
A questão, leitor, é que eu encontrei meu equilíbrio, e que eu nunca estive com a mente tão tranquila como agora. Mesmo em pandemia. Mesmo com as notícias que aparecem nos jornais. Mesmo com tudo o que se passa no mundo. Sabe porquê? Porque nem tudo está no meu controle, e que ótimo, caso estivesse, aí sim eu teria crises de ansiedade diárias.
Voltei à prática da meditação. Isso também ajudou no meu autocontrole. Ao mesmo tempo em que tento diminuir o número de vezes com que reclamo, e isso auxiliou na qualidade do meu dia. Inclusive, fica como dica para você: não reclamar, ou diminuir o número de vezes de uma reclamação, ou evitar situações que causem uma reclamação sua, como assistir ao jornal, por exemplo, coisa que eu ando evitando desde sempre.
2021 já está quase no fim, e eu tenho tanto a agradecer. Pela vacina. Pela vida dos meus. Pelo meu autocontrole. Pelo meu dia. Pelo sol que ilumina meu quarto nesse exato momento. Pela clareza de pensamentos.
E o que eu te desejo, leitor, é que você esteja na frequência vibracional da tranquilidade, da paz interna, da clareza. E que, se você não estiver, tudo bem, mas não pare de tentar chegar nesse nível de espírito. Procure entender o seu redor, opte sempre pela sua saúde mental, procure fazer o que ama, conserve as pessoas certas ao seu redor, e portanto, contemple uma vida e um coração em paz consigo mesmo.
Hoje, eu não sou mais tão ansiosa, também não estou em quarentena (mas estou em isolamento social, hein, coisa que eu espero que vocês também estejam fazendo), mas tenho no peito um agradecimento especial por esse espaço que tenho no blog para me expressar, por você, que está lendo o que eu tenho a dizer, e por essa série de textos que me ajudam a enxergar, de alguma maneira, o que se passava aqui dentro.
Termino esse texto da mesma maneira que iniciei, me direcionando a você, leitor, desejando que você encontre a paz e que seus objetivos sejam realizados, assim como os meus foram, e que jamais pare de lutar contra esse sentimento (ansiedade) que é danado para deixar nossas cabecinhas confusas.
Com amor,
Larissa.